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Internet das Coisas: um olhar otimista para o futuro

Em 08/06/2015

É preciso um pouco de tempo e paciência: se hoje existe uma fragilidade do ponto de vista da segurança, em um futuro próximo isso deve mudar
 



Por: Matheus Nani Costa*
 

Um mundo cada vez mais conectado e compartilhando informações em tempo real é uma verdade inquestionável nos dias de hoje e remete a um debate sobre o futuro da internet das coisas (IoT). Estamos seguros ou vulneráveis com nossas informações pessoais e comerciais transitando, em todo lugar, o tempo todo?
 

Quando falamos de IoT, estamos tratando de um segmento jovem e imaturo do ponto de vista tecnológico. Não chegamos ainda a critérios de qualidade adequados para sua implementação e, nem mesmo, criamos requisitos que definam padrões de segurança. É como se estivéssemos vivendo novamente o início da internet, quando as transações seguras não eram tão seguras, nem tão robustas quanto são hoje.
 

Vivemos ainda um momento de fragilidade, onde é quase cada um por si, descobrindo empiricamente quais são as melhores práticas de segurança para essas comunicações. Somado a isso, temos um paradoxo que deixa o debate ainda mais aquecido: gerar comunicações mais seguras demanda um gasto maior de energia. Quão disposto estou a investir nisso?
 

É preciso um pouco de tempo e paciência: se hoje existe uma fragilidade do ponto de vista da segurança, em um futuro próximo isso deve mudar. É nisso que estamos apostando e para isso que trabalhamos.
 

O uso de protocolos proprietários e chaves de seguranças individuais simétricas são outras saídas que devem ser avaliadas.  Cada componente do produto recebe uma proteção individual: mesmo que um item seja corrompido, não irá comprometer a segurança total do sistema.
 

Apesar do debate parecer pessimista, nem de longe estamos perto do caos tecnológico. Pelo contrário. Assim como foi com a internet, a evolução da indústria levará a critérios de qualidade mais sofisticados e mais complexos. Serão criados padrões comuns que poderão ser seguidos por todas as empresas e a segurança será o requisito mais importante para que um produto de IoT chegue ao mercado.
 

Em um olhar otimista para o futuro, a internet das coisas é uma bomba relógio - prestes a ser desativada.
 

*Matheus Nani Costa é diretor de Tecnologia da Rfideas, empresa especializada em gestão de ativos para datacenters.

Fonte: 
http://computerworld.com.br